A criação da Frente Parlamentar de Incentivo à Humanização das Escolas do Paraná, proposta pelo deputado Evandro Junior, foi defendida pelo parlamentar ontem na tribuna da Assembléia Legislativa. O deputado evocou a necessidade de se desenhar mapa indicativo das regiões do Estado onde a violência no entorno escolar é mais preocupante e propôs a realização de audiências públicas para debater o problema com a sociedade.
“Reconheço que se trata de uma questão complexa, de difícil abordagem, mas não podemos nos furtar ao seu enfrentamento, à adoção de medidas e ações pactuadas com a sociedade para encontrar um caminho que nos leve ao encontro de uma cultura da paz”, defendeu o parlamentar. Projeto específico para criação da Frente Parlamentar já tramita nas comissões da Casa para posterior apresentação ao plenário para votação.
A adoção do que o deputado define como ‘cultura da paz’ será amplamente discutido com a sociedade em audiências públicas, oportunidade em que professores, pedagogos, especialistas em educação, pais e alunos poderão se manifestar sobre o problema, oferecendo alternativas e soluções mais adequadas a cada realidade. “Esse diálogo é indispensável para formatar uma estratégia capaz de atender os objetivos da iniciativa”, afirma o deputado.
De acordo com a proposta defendida pelo deputado, a Frente Parlamentar propõe a implantação de mecanismos de mapeamento, avaliação, prevenção e combate á violência nas escolas – dentro do próprio estabelecimento e em seu entorno. O parlamentar reconhece que tão importante quanto criar um ambiente interno pacífico é o desenvolvimento de ações extramuros, que alcancem as comunidades do entorno da escola.
“Nesse contexto, entendo ser indispensável a integração escola/comunidade, por meio de mecanismos que de fato promovam essa aproximação”, explica o parlamentar, ponderando sobre variáveis que dificultam esse processo. O deputado reconhece que o comportamento socialmente inaceitável entre jovens muitas vezes está associado à desarranjos familiares, drogas, desemprego e outros problemas que levam ao desrespeito com professores e colegas – e à violência no outro extremo.
O conjunto desses fatores aponta para uma realidade cujo enfrentamento é urgente e inadiável. “Mais do que buscar um ambiente de paz e harmonia, nossa proposta tem por objetivo resgatar a importância e dignidade da escola pública – e isso passa pela valorização do professor, melhoria da infraestrutura dos estabelecimentos e adoção de propostas pedagógicas afinadas com uma nova realidade social e econômica”, explica o deputado.
O mapa exato dessa realidade será desenhado nas audiências públicas, já em fase de agendamento, e que vai contemplar diversas regiões do Estado. “Para alcançar nossos objetivos é indispensável a participação de todos num debate amplo e consistente, de forma a construirmos juntos um modelo de abordagem do problema sustentado na eficiência, nos respeito as diversidades culturais, sem discriminação e exclusão”, afirma o deputado
22 de abr. de 2011
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