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8 de fev. de 2011

Erro médico

O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi condenado a pagar uma indenização de R$ 500 mil por danos morais e mais sete salários mínimos mensais pelo resto da vida para Diogo Radael Elias, de 18 anos. Ele foi vítima de um erro médico quando tinha um ano e quatro meses de idade. Em junho de 1994, o casal Ivarlete Radael, 47 anos, e Naim da Silva Elias, 49, internaram Diogo com um quadro de otite (inflamação) no ouvido direito e edema (acúmulo anormal de líquido) no braço direito. Qua­renta dias depois, tetraplégico e com sequelas neurológicas decorrentes do uso de remédios, o menino teve alta, segundo relatório da desembargadora Silvia Goraieb, do Tribunal Regional Fe­­deral da 4.ª Região. Além dos R$ 500 mil, a família deve receber mais 198 meses de salário retroativo que, levando em conta o atual salário de R$ 540, somaria aproximadamente R$ 750 mil (sem correções monetárias). Da decisão, cabe recurso. Após a internação, o garoto foi tratado à base de medicamentos e passou por uma cirurgia no braço. A recuperação transcorria normalmente, de acordo com os prontuários médicos, até o dia em que Diogo teve insuficiência renal e sofreu uma hipóxia cerebral (quando o órgão deixa de receber oxigênio). Segundo a Justiça, o problema nos rins foi causado pelo excesso de remédios. Conforme a sentença da desembargadora, um simples exame de urina poderia ter evitado a insuficiência dos órgãos.

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