A droga é epidêmica. Insinua-se em todos os estratos sociais, corroendo valores e estimulando o crime. Pior: implode famílias, sonhos, esperanças e empurra viciados para a sarjeta, prostrando-o de forma irremediável no limite da vida. A guerra contra as drogas, deflagrada pela Organização das Nações Unidas na primeira metade dos anos 90, deixou um rastro de mortes mundo afora, mas não alcançou o objetivo de reduzir pela metade a produção de o consumo de substâncias entorpecentes – ‘naturais’ ou ‘elaboradas’. “O mundo perdeu essa guerra”, admitiu recentemente os principais líderes mundiais envolvidos no combate a esse mal que permeia todos os estratos sociais. Nesse contexto, cresce uma corrente de pensamento que defende a legalização das drogas, segundo um modelo não exatamente definido. Mas as experiências relativas à tolerância em relação ao consumo de alucinógenos não logrou resultados esperados. Na Holanda, o governo concluiu que o custo social do fornecimento de seringas e outros recursos para o consumo de heroína e outras drogas era muito mais elevado que as ações de combate – e diferente do que se imaginava, a medida se revelou mais perniciosa do que eficiente do ponto de vista de saúde pública. O mundo está numa encruzilhada: para cada dólar gasto na repressão, o narcotráfico movimenta outros cinco com produção e distribuição de drogas.
30 de out. de 2009
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